Ademir Piccoli
O mundo evoluiu, o judiciário também
Atualizado: 9 de out. de 2020
"Quando eu estava na escola, o computador era uma coisa muito assustadora. As pessoas falavam em desafiar aquela máquina do mal que estava sempre fazendo contas que não pareciam corretas. E ninguém pensou naquilo como uma ferramenta poderosa.", Bill Gates

Há 30 anos, ninguém pensava que os computadores seriam um artigo comum nas casas, mais importante que um rádio ou que uma televisão. A internet não havia se popularizado e os celulares eram considerados um artigo de luxo. Hoje, as novas tecnologias revolucionam praticamente todas as áreas, e com o judiciário não é diferente, conforme veremos nesse artigo.
O mundo evoluiu, aprendemos que os computadores não são assustadores, pelo contrário, através dessa poderosa ferramenta, profissionais de diferentes área estão ultrapassando limites. Trocamos o medo, pela curiosidade e o resultado é incrível!
A tecnologia acelera o processo de transações bancárias de forma exponencial
Reduz consideravelmente a chance de erros em cirurgias
Garante que a informação seja transmitida com velocidade jamais vista na história da humanidade
Já o judiciário está sendo automatizado e a expectativa é que em pouco tempo se torne exponencial.
A evolução do Judiciário
O Judiciário é formado por pessoas. Por isso, é fundamental que as lideranças sejam empáticas às novas tecnologias, para participarem da evolução do sistema judiciário. E isso vem acontecendo!
Saiba mais: Está preparado para se tornar um super-humano?
De acordo com pesquisa do Conselho Nacional Justiça (CNJ) junto aos 92 órgãos de Justiça do país, o Poder Judiciário brasileiro apresentou, nos últimos três anos, uma sensível evolução em termos de Governança, Gestão e Infraestrutura de Tecnologia da Informação e Comunicação.
A pesquisa mediu o nível de Maturidade e Governança em TI. Considerando os resultados por segmentos, os conselhos, obtiveram índice de 0,71, e os tribunais superiores, com índice de 0,74, o que representa o “Nível Aprimorado” no Índice de Governança de Tecnologia da Informação e Comunicação do Poder Judiciário de 2018.
Os números são significativos, pois em 2016 e 2017, esses órgãos se encontravam um nível abaixo e receberam a classificação satisfatória. Já os tribunais eleitorais, estaduais, federais, militar e do trabalho, tiveram índices variando entre 0,64 e 0,69, e alcançaram “Nível Satisfatório” em 2018. Embora tenham recebido a mesma classificação nos anos anteriores, esse segmento apresentou evolução nos índices.
Observe a evolução no gráfico!

Os números são animadores, mas ainda há muito a ser! Hoje, há 80 milhões de processos aguardando solução no país. A boa notícia é que automação reduziu o avanço na quantidade de processos. Segundo dados do CNJ - (Conselho Nacional de Justiça), e 2015 para 2016, o sistema judicial recebeu 3,8% mais processos. Mas entre 2016 e 2017, o crescimento foi de apenas 0,3%. O sucesso foi devido, em grande parte, à adoção de robôs.
A função das novas tecnologias é auxiliar os profissionais a atenderem a demanda que a população precisa. Os dados mostram que o Judiciário está evoluindo, e as mudanças não param por aí!
Não há limites para a tecnologia
Conforme vimos, o judiciário iniciou o processo de informatização e vem colhendo os frutos, porém há muito mais a ser feito. As lideranças, hoje, possuem uma oportunidade única nas mãos. É possível acelerar as resoluções, a ponto de praticamente zerar os 80 milhões de processos que estão em estoque.
Saiba mais: Está preparado para se tornar um super-humano?
Sim, o desafio é grande, mas a recompensa será proporcional. Hoje, os profissionais lutam contra o tempo para atender a demanda, e mesmo com todo o esforço, o trabalho atrasa. Mas as novas tecnologias podem mudar essa realidade.
No entanto, é preciso que o processo seja realizado de forma gradual conforme mostrarei a seguir!
Como fazer a preparação para o judiciário?
A preparação para o judiciário Exponencial pode ser realizada através da execução de 7 premissas, que foram desenvolvidas através da união entre prática e teoria.
São elas: Cultura digital, Liderança, Judiciário 4.0, Cidadão no Centro, Judiciário como Plataforma, Inovação Multidisciplinar e Ecossistema.
Vou explicar melhor como funciona esse mecanismo. As premissas estão interligadas, ou seja, uma não funciona sem a outra.
É preciso ter cultura digital. Pois, a digitalização necessita ser natural aos setores sociais para tudo funcionar. Ao mesmo tempo, as lideranças do judiciário precisam ter maturidade digital para colocarem as mudanças em prática.
Saiba mais: O que é o Judiciário Exponencial?
Agilizar o atendimento aos cidadãos deve ser o objetivo principal. E isso só dará certo se o judiciário atuar como uma plataforma digital com dados disponíveis para todos.
Assim, poderá haver inovação multidisciplinar entre os diferentes setores. Dessa forma, cria-se um ecossistema capaz de absorver o judiciário exponencial.
O tema é inspirador e gera curiosidade para saber mais sobre as 7 premissas do Judiciário Exponencial, clique no botão abaixo e baixe o material que preparei para você!